Mucuri:
Vítima de perturbação do silêncio é hostilizada por PM ao reclamar de barulho de igreja

Na noite de terça-feira, 03/11, a senhora Glaucia Rodrigues, publicitária, acompanhada de seu filho menor, seguiu até o templo da Igreja Internacional da Graça de Deus, situado na Rua Nova Viçosa, em Mucuri, para pedir que abaixassem o volume da sonorização, alegando perturbação do silêncio. Segundo ela, o apelo foi feito já pela segunda vez. “O pastor simplesmente ignorou e não tomou nenhuma providência”, disse. Inconformada, pediu para o filho chamar a Polícia e foi surpreendida pelo fato de que um membro da igreja também teria acionado a segurança. Quando a polícia chegou, imediatamente o agente PM defendeu a igreja e chegou a hostilizar a reclamante.

Segundo Glaucia, alguns policiais militares em Mucuri não ‘gostam’ de atender chamados de perturbação da paz. Por conhecer a ‘orientação’ da polícia, que é: -o próprio rclamante ir até o local e pedir para abaixarem o som -, a vítima seguiu mais uma vez ao local. Anteriormente, conta que o pastor “se mostrou muito solícito e compreensivo, dizendo que não queria incomodar ninguém e que usaria o som mais baixo. Desta vez, ele se recusou até a dizer a polícia que já havia acontecido esse primeiro contato”.

A atitude do policial foi providencial: pediu o formulário de infrações e afirmou que estaria abrindo duas reclamações – uma de perturbação e outra, de interrupção a culto religioso. “Mas ele disse que faria dois boletins de ocorrência apenas para que eu passasse meus dados pessoais, pois o que ele fez foi apenas uma anotação, em favor da igreja, de interrupção do culto, e não a de perturbação de silêncio. Ele ainda me dirigiu as seguintes palavras: ‘As portas deste batalhão estão fechadas para a senhora’ e repetiu várias vezes que eu deveria denunciá-lo também”. O policial orientou ainda que os membros da igreja poderiam entrarm com um recurso conjunto contra a reclamante, deixando clara a sua parcialidade em favor da igreja.
 
A igreja em questão não tem alvará de funcionamento e ocupa um espaço de pequenas proporções não sendo necessário o uso de caixa de som ou microfones.
 

O caso foi para a Delegacia. A vítima abriu um boletim de ocorrência de perturbação da paz e formalizou a denúncia contra o policial pelos meios legais.

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