Mucuri está na rede de expansão da Bahiagás
Nada menos que 30 municípios baianos, de Santo Antonio de Jesus a Mucuri, estão incluídos na próxima frente de expansão da Bahiagás no interior da Bahia. Com a construção do Gasene (Gasoduto Sudeste Nordeste) pela Petrobras, que vai interligar regiões no fornecimento de gás natural, o benefício chegará com força no extremo sul. “Vamos ter estações que receberão o gás da Petrobras e permitirão a distribuição pelas cidades. De início, a principal demanda deverá vir das indústrias”, diz Davidson Magalhães, diretor-presidente da Bahiagás. Hoje, o gás natural representa 9% da matriz energética nacional. No Estado da Bahia, seu uso é de 14,5%, sendo que, especificamente na indústria, esse valor chega a 27%.
A utilização de gás natural pelas residências na Bahia cresceu em oito vezes no número de contratos entre dezembro de 2007 e o mesmo mês do ano passado. Eram 3.286 domicílios com fornecimento de gás, passando para 26.661 em um período de um ano. Os dados são do balanço administrativo e social da Bahiagás, divulgado neste mês, quando a empresa completa 15 anos de existência.
O número de contratos residenciais já representa 98,8% do total, mas o volume de gás fornecido ainda é pouco, em torno de 1,15 mil m³ por dia. Somado com o consumo do setor comercial, de 28 mil m³ por dia, atingem 1% do volume fornecido.
A maior parte é consumida mesmo pela indústria: média de 2,4 milhões de m³ por dia no primeiro semestre deste ano, um valor que reflete ainda os efeitos da crise econômica global. No primeiro semestre de 2008, o índice era de 3,1 milhões de m³. O segundo maior consumo, em volume, é pelos automóveis, de 240 mil m³ por dia (8% do total).
O crescimento residencial faz parte de uma política de popularização do gás natural. “O combustível é usado no lugar do gás de cozinha e também serve como cogerador de energia elétrica, substituindo-a nos chuveiros, que é o aparelho mais caro”, explica Magalhães. Através de parcerias firmadas nas feiras imobiliárias realizadas no final do ano passado, as contratações residenciais se intensificaram e novos empreendimentos já virão preparados para receber o gás natural. O combustível é distribuído por tubulações.
Exemplo de economia – O empresário Márcio Menezes tem um restaurante abastecido com gás natural, o Radish, no Salvador Shopping, e outro com o tradicional GLP, o Mister Sheik, no Shopping Barra. Segundo ele, os gastos com o gás natural são cerca de 50% menores. “Na prática, o que todo mundo quer é economia. A diferença nas contas dos dois estabelecimentos é grande”, conta. Ele lamenta que a Barra ainda não
tenha acesso ao gás natural, senão já teria trocado a forma de abastecimento.
Os defensores do GLP citam a existência de livre concorrência entre empresas vendedoras dos botijões, o que pode reduzir preços, enquanto o gás natural só tem um único fornecedor.
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