Fibria: a nova líder global em celulose de mercado

Empresa nasce da união Votorantim + Aracruz

Com o nome que remete à palavra “fibra”, essência do negócio da empresa, nasce a maior fabricante de celulose de mercado do mundo, a Fibria, fruto da união das operações entre Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Aracruz Celulose. Uma das mais importantes transações do gênero realizadas no Brasil, a criação desta nova empresa reafirma o país como referência na produção e exportação de celulose proveniente de plantios florestais renováveis.

A fábrica no Espírito Santo, a partir de agora, será chamada de Fibria Aracruz e a presidência fica a cargo de Carlos Aguiar, presidente da Aracruz desde 1998. A presidência do Conselho de Administração está sob responsabilidade de José Luciano Penido, presidente da VCP desde 2004. Questões ligadas à sustentabilidade das atividades da empresa também ficarão a cargo de Penido.

Com capacidade produtiva superior a 6 milhões de toneladas anuais de celulose e papel, em torno de 15 mil profissionais – atuantes em sete fábricas e cinco escritórios comerciais localizados nos principais centros consumidores, a Fibria terá quase toda a celulose produzida destinada ao mercado externo.

Além disso, a empresa possui áreas de plantio nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia, com uma base florestal ampla e diversificada que garante auto-suficiência de matéria-prima para a operação. A área florestal total da empresa é de 1,3 milhão de hectares, dos quais 461 mil hectares são destinados à preservação permanente.

A base florestal da Fibria conta ainda com cerca de 120 mil hectares de plantios renováveis de participantes do programa de fomento florestal – uma importante fonte alternativa de madeira para a empresa e de diversificação de renda e do uso da terra para o produtor rural que responde por milhares de empregos no campo, compartilhando riqueza e gerando desenvolvimento local.

De acordo com o diretor de Operações Florestais e Tecnologia da Fibria, Walter Lídio Nunes, todos os contratos de fomento florestal existentes serão mantidos dentro das regras que possuem. “Não aumentaremos os contratos na medida em que não aumentarmos a produção, mas manteremos o conceito de que hoje temos uma parte da madeira que vem por meio do programa de fomento. Quem participa do programa permanecerá conosco”, destacou.

Segundo o presidente Carlos Aguiar a nova empresa não vai focar apenas na celulose, mas sim na melhor utilização das florestas. “Investimos no cultivo de florestas como fonte renovável e sustentável de vida. Estamos aumentando os estudos sobre resíduos bicombustíveis e derivados de madeira com o objetivo de promover desenvolvimento humano e social e garantir conservação ambiental. A Fibria nasce com força, raça e garra para vencer obstáculos”, salientou Aguiar.

A Fibria tem receita líquida anual estimada em R$ 6 bilhões, considerando os resultados alcançados nos últimos 12 meses até junho/2009 pelas empresas de origem. Projetos de expansão já anunciados deverão ser implementados, dependendo das condições de mercado, expandindo sua capacidade produtiva em até 6,7 milhões de toneladas de celulose adicionais e criando cerca de 9 mil novos empregos diretos.


Divisão


A operação, divulgada ao mercado em 20 de janeiro, foi concluída com sucesso no dia 26 de agosto, após Assembleias Gerais Extraordinárias que aprovaram a incorporação e o lançamento da nova empresa aconteceu hoje (1), em entrevista coletiva realizada em São Paulo. A Fibria tem participação de 34,9% do BNDESpar e 29,3% do Grupo Votorantim, e 35,8% das ações no mercado.


A Fibria:

Receita líquida. R$ 6 bilhões

Lucro líquido. R$ 1 bilhão

Dívida líquida. R$ 12 bilhões

Capacidade de produção. 5,8 milhões de toneladas

Presidente. Carlos Augusto Lira Aguiar