Sul da Bahia retoma produção de camarão
Produtores de camarão do município de Canavieiras, no Sul da Bahia, a aproximadamente 600 quilômetros de Salvador, comemoram o retorno da carcinicultura na região, que envolve 12 projetos de criação em cativeiros, que estavam desativados desde agosto do ano passado. Após obterem a liberação para cultivo, por parte do Ministério da Agricultura, em meados deste ano, os produtores iniciam agora o repovoamento das fazendas, com a introdução de pós-larvas (sementes de camarões) fornecidas pela Bahia Pesca e outras empresas do setor.

O Polo de Camarões de Canavieiras foi interditado por determinação da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) no ano passado, por causa do surgimento das enfermidades conhecidas como "Mancha Branca" e Necrose Hipodérmica Hepatopoética Infecciosa (NHHI). As fazendas de criação do camarão foram esvaziadas e tiveram que cumprir uma série de exigências de controle sanitário e ambiental.

A Mancha Branca e o NHHI são enfermidades que afetam os camarões, mas não são transmitidas ao homem e nem trazem prejuízo para saúde humana caso haja o consumo desse produto. Seus sintomas são a perda de apetite por parte do animal, aparecimento de camarões moribundos nadando na superfície e nas bordas dos tanques. No caso da Mancha Branca os camarões apresentam manchas brancas no corpo e a doença pode dizimar populações inteiras em poucos dias.

Para o diretor-presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, o retorno da atividade de carcinicultura em Canavieiras é mais uma vertente do desenvolvimento para a região, com geração de novos empregos e renda para a população. "O problema foi superado graças à ação conjunta e rápida do Governo do Estado, através da Bahia Pesca e Adab. Agora é recuperar o tempo perdido", diz.
A época a Bahia Pesca criou o Plano Emergencial da Carcinicultura, com ações que envolveram a contratação de especialistas e, após identificado o problema, esvaziadas as fazendas, fazer o repovoamento com o uso de pós-larvas com garantias genéticas de origem. Além disso, foi feito um treinamento em bio- segurança para evitar que a doença se propagasse para outras regiões, e todo um trabalho de renovação de licenciamento ambiental, dentro das normas exigidas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), orientando os produtores sobre o cultivo e manejo do camarão. O empresário, dono da Maricultura Eldorado, Paulo Queiroz, explica que a empresa retomou as atividades no inicio de junho deste ano, com uma densidade de cinco camarões por cada metro quadrado de lâmina d‘água. Agora em setembro, com a despesca conseguiu uma sobrevivência média de 75%.

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